2º EM e NAP refletem sobre escolhas em primeiro encontro do Projeto de Orientação Profissional
30 de junho de 2020
O Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP) deu início ao Projeto de Orientação Profissional para os alunos do 2º ano do Ensino Médio. As psicopedagogas Irene Tavares e Luzia Bacciotti visitaram as turmas para uma dinâmica e um bate-papo sobre o processo de escolha da carreira.
A atividade possibilitou aos alunos a reflexão sobre como se sentem em relação à escolha profissional. “Eles compartilharam sentimentos, expectativas e desejos. Além de poderem olhar para si mesmos, puderam perceber que não estão sozinhos nesta jornada, que seus sentimentos são os mesmos e que podem contar uns com os outros”, explicou Luzia.
Na dinâmica, os alunos receberam uma imagem com bonecos localizados em diferentes pontos, posicionados de formas diversas e com expressões variadas. Os alunos precisavam indicar com qual boneco eles mais se identificavam quando pensavam na escolha profissional e compartilhar suas impressões com os colegas.
Para a aluna Lara Doria, a atividade foi marcante e aproximou a turma. “A gente se sentia meio angustiado, cada um dentro de si, porque é uma escolha difícil. A minha sensação, às vezes, é que todos estão decididos e eu estou meio perdida. Mas várias pessoas me surpreenderam, abriram o coração, falaram que também se sentiam perdidas, mas tudo bem, porque estamos juntos nessa, vamos nos apoiar e a escola vai nos ajudar. Isso me deu mais segurança”, ressaltou.
Maria Luiza Aragão destacou que achou muito interessante a forma como o assunto foi tratado, de forma leve e lúdica. “Irene e Luzia foram muito generosas. Elas entenderam nossa perspectiva. Estava todo mundo muito nervoso e afobado com a escolha profissional, mas elas nos ajudaram a ficar mais tranquilos e perder esse medo”, afirmou. Sobre a dinâmica, a aluna achou curioso que, mesmo as pessoas que se identificavam com o mesmo boneco, tinham justificativas diferentes. “Nós falamos sobre as áreas que queremos seguir, nossos medos, qualidades e dificuldades. Também discutimos sobre a pressão que a gente sente da sociedade e até mesmo dos nossos familiares, sobre esse medo de não ser bom no que você pretende ser no futuro”, comentou.
As dúvidas ainda são muitas, e isso é natural nessa fase. “Eu acho que não vou estar 100% certa nem quando entrar na faculdade, mas a vida é assim e está tudo certo. Meu objetivo esse ano é saber o que eu não quero fazer. Eu espero cortar o máximo de opções para, cada vez mais, ficar mais próxima do que eu realmente quero”, disse Lara.
Para Maria Luiza, o futuro também é uma incógnita. Ela contou que já está ansiosa pelos próximos encontros e se sente aberta a discutir o tema. “Eu tenho muita vontade de fazer algo para mudar o mundo e já tenho ideia do que vou escolher. Depois do encontro, saí com muito mais curiosidade e pesquisei mais sobre a profissão que estou interessada. Até o final do ano, espero ter decidido a área que vou seguir. Dentro dela pode ter milhares de profissões que eu nem conheço, e aí vou pesquisar para saber qual mais me interessa”, concluiu Maria Luiza.
A próxima atividade do Projeto será uma visita à Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública.