5º ano recebe professor Ian Fraser para bate-papo sobre cultura indígena e respeito às diferenças

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5º ano recebe professor Ian Fraser para bate-papo sobre cultura indígena e respeito às diferenças

30 de junho de 2020
E se fôssemos todos iguais? Se todo mundo gostasse das mesmas roupas, usasse o mesmo corte de cabelo, cozinhasse os mesmos pratos? Que sem graça! Ainda bem que a diversidade existe. Para bater um papo sobre a importância de conhecer e respeitar as diferenças e sobre a cultura indígena, os alunos do 5º ano receberam o professor e escritor Ian Fraser, autor da série Araruama.
 
 
Ian pesquisou bastante sobre os povos indígenas para escrever os livros da saga Araruama e, no bate-papo, ele compartilhou com a turma um pouco do que aprendeu. “A ideia era discutir sobre o olhar que nós temos para o que é diferente da gente. Ian provocou uma reflexão na sala sobre se colocar no lugar do outro mesmo que isso cause estranhamento na gente. Foi uma conversa muito gostosa. Uma forma de conhecer mais e se repertoriar sobre a cultura de diferentes povos”, afirmou a tutora da turma, professora Melina Endraos.
 
 
Ian contou que a intenção foi sensibilizar os alunos para que eles pudessem entender uma nova cultura. Para isso, ele explicou um pouco o conceito de semiótica e o estudo do signo, que é a representação de uma ideia. Ele também falou sobre empatia e sua importância. “Tudo isso para ajudá-los a compreender que os símbolos das culturas indígenas são diferentes dos nossos e pode até parecer estranhos, mas, no final das contas, a gente tem que entender que é bonito para eles e, na empatia, temos que nos abrir para achar bonito também”, ressaltou Ian.
 
 
O grupo ainda conversou sobre o grande número de povos que habitavam as Américas e foram dizimados durante a colonização, sobre as tribos que existem atualmente e sobre a Constituição de 1988, que garante aos indígenas o direito de manter suas terras e suas tradições. “Também contei para eles duas histórias que eles gostaram muito: um conto que explica a origem do fogo, que li numa obra de Claude Lévi-Strauss, e um texto sobre a jaguatirica e o mico-leão dourado, que li em Vozes Ancestrais, de Daniel Munduruku”, concluiu Ian. 
 
E essa reflexão vai além dos povos indígenas, estendendo-se à relação que temos com todas as culturas, opiniões e grupos que são diferentes de nós. Respeito é e deve ser sempre a palavra-chave. “É preciso compartilhar nosso conhecimento, refletir sobre nossas ações, sobre nossa identidade. É assim que a gente vai se constituindo como sujeito”, destacou a professora Melina.
 
Fotos: Melina Endraos