5º ano aprende mais sobre cultura indígena e africana em aula interdisciplinar no Pelourinho

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5º ano aprende mais sobre cultura indígena e africana em aula interdisciplinar no Pelourinho

30 de junho de 2020
A turma do 5º ano do Ensino Fundamental esteve no Pelourinho para visitar o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), o Museu Afro-Brasileiro (Mafro) e a Casa do Benin. A aula de campo, que durou o dia inteiro, teve o objetivo de mostrar aos alunos um pouco da diversidade dos povos indígenas e africanos e refletir sobre a contribuição deles para a formação da cultura brasileira.
 
 
A atividade foi interdisciplinar. Acompanhados pela tutora da turma, Melina Endraos; pela professora de Inglês, Rebecca Wicks; e pela psicóloga no Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP), Pérola Veneza, a turma está se preparando para a Mostra de Estudos Culturais que, este ano, será realizada em conjunto com o English Day.
 
 
O primeiro museu visitado foi o MAE, onde as crianças puderam ver diversas peças que são vestígios dos povos indígenas que viveram no Brasil. Os itens mostram o modo de vida das diferentes nações que habitavam o território brasileiro e a riqueza cultural de cada uma delas, como vasos, adereços e utensílios domésticos.
 
Já no Mafro, um dos poucos museus do país a abrigar um acervo sobre as culturas africanas e afro-brasileiras, foi possível observar elementos que remetem aos diversos povos da África e sua influência na formação da cultura nacional. “A gente pôde perceber que existia uma diversidade de indígenas, de etnias e povos africanos de diferentes regiões, com suas próprias culturas, crenças e mitologias. Vimos como esses povos eram ricos e quanto a gente recebeu e vive essas influências todos os dias”, explicou Melina.
 
 
Em seguida, o guia turístico Sérgio se juntou ao grupo conversando com os alunos em inglês e seguiu com eles até a Casa do Benin, que reúne uma coleção de objetos e obras de arte da região do Golfo do Benin, de onde veio a maioria dos negros que povoaram o Recôncavo Baiano. “A oportunidade de ter um guia se comunicando com os alunos em inglês foi ótima para reforçar a importância que é estar em contato com a língua inglesa, para que seja possível a interação nos diferentes contextos”, ressaltou Rebecca.
 
 
Além de vivenciar uma experiência real de conversação, a turma pôde conhecer mais sobre os povos negros, conteúdo que também vem sendo abordado nas aulas de Inglês. Os alunos estão estudando sobre Rosa Parks e Martin Luther King, dois grandes personagens e símbolos da luta contra a segregação racial nos Estados Unidos, mas que são reconhecidos mundialmente.
 
 
A professora Melina ainda pontuou a importância de conhecer in loco a história do nosso país. “Tudo que eles viram, poderíamos ler em textos informativos ou nos livros. Mas eles puderam vivenciar, estar num lugar onde, num passado histórico, a cidade começou a ser edificada, onde se constituíram essas relações de trabalho, com a mão de obra escrava. Algumas coisas foram boas para nossa cidade, mas outras foram ruis. É preciso estudar, refletir, para a gente pensar em nossas ações hoje enquanto sociedade e enquanto cidadãos”, concluiu.
 
Fotos: Melina Endraos, Rebecca Wicks e Sérgio (guia)