Orientação profissional: 2º EM tem bate-papo com professores sobre carreira de Perito Criminal
Investigar o cenário de um crime, procurar pistas, coletar impressões digitais. Quem gosta de séries e filmes policiais já viu essas cenas muitas vezes. Os personagens responsáveis por essa importante tarefa, tanto nas telas quanto na vida real, são os peritos criminais. A ficção exagera um pouco e nem tudo que vemos acontece exatamente daquela forma. Para conhecer um pouco mais sobre a carreira na perícia, os alunos do 2º ano do Ensino Médio conversaram com os professores Alessandro Carvalho e Paulo Jorge, que também exercem a profissão de perito criminal. O bate-papo foi mais uma atividade do Projeto de Orientação Profissional, coordenado pela psicopedagoga Luzia Bacciotti e desenvolvido pelo Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP).
Durante a conversa, Alessandro e Paulo explicaram o que é a profissão e quais suas atribuições, quem pode atuar na área e quais os caminhos para ingressar na carreira, além de contarem um pouco da rotina no ambiente de trabalho. “O perito criminal busca evidências de um crime. Ele vai construir a prova material, científica daquele crime”, disse Alessandro. Para Paulo, “o perito deve reconstruir o passado de acordo com o que está vendo no presente”, sempre baseado nos conhecimentos científicos.
Os peritos criminais podem ter formação nas mais diferentes áreas, já que o campo de atuação é muito amplo abrangendo, por exemplo, informática, ciências contábeis e biologia. Em suas rotinas, Alessandro trabalha com DNA, e Paulo está no campo das impressões digitais. No Brasil, os peritos são selecionados através de um concurso público bastante exigente. “São várias etapas. Primeiro, os candidatos fazem uma prova escrita, depois tem a investigação social, a entrega de uma série de documentos, o teste físico, que envolve a execução de barras, abdominais e corrida, tem quatro meses de aula na Academia de Polícia e uma outra prova após esse período”, contou Paulo.
Mas, lembra que a gente falou lá no início do texto que a ficção exagera? É o que Alessandro e Paulo chamam de “Efeito CSI”. Nos filmes e séries, o trabalho é repleto de equipamentos sofisticados e tudo acontece muito rápido, afinal, é preciso prender a atenção do espectador. Na vida real, é um pouco diferente. “Tudo que acontece no CSI, a gente tem condições de fazer aqui em Salvador porque temos laboratórios bem equipados. Mas, na série, em 40 minutos o mesmo perito que coletou as provas já está prendendo o culpado. Na vida real, leva mais tempo”, ressaltou. Após serem coletadas na cena do crime, as provas são direcionadas para diferentes áreas da perícia, a depender do tipo de material encontrado. “Cada exame leva um tempo para ser realizado e nem sempre conseguimos resultados de primeira. Às vezes, levamos um mês trabalhando numa amostra aplicando diferentes procedimentos”, pontuou o professor perito.
Será que algum dos nossos alunos se anima a seguir os passos dos professores? Obrigado, Alessandro! Obrigado, Paulo! Muito bom saber mais sobre o trabalho dos peritos criminais.