Orientação profissional: Último bate-papo do ano abordou carreira na Engenharia
O Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP) convocou o time da Engenharia, formado por ex-alunos e pais, para um bate-papo com o 2º EM no último encontro deste ano do Projeto de Orientação Profissional, coordenado pela psicopedagoga Luzia Bacciotti. Na atividade, realizada através da plataforma Zoom, os convidados falaram sobre suas experiências como estudantes e profissionais das mais diferentes áreas da Engenharia e tiraram dúvidas dos alunos sobre o curso e a carreira.
Como não pudemos ir ao Cimatec este ano, o Cimatec veio até nós. Vivian Manuela, coordenadora do curso de Engenharia de Produção do centro universitário, contou aos alunos um pouco sobre as aulas, a estrutura e as novidades. “Em 2020, passamos por uma grande mudança. Para atender a Indústria 4.0, além de outras necessidades do mercado, que busca profissionais criativos e com capacidade de liderança, mudamos as matrizes dos cursos de Engenharia. Nos dois primeiros anos, os alunos têm disciplinas básicas e, a partir do 5º semestre, eles escolhem entre três trilhas: a Empreendedora, a Pesquisadora e a de Técnico-Gestor. Desde o primeiro semestre, os alunos trabalham com desafios em cada uma das trilhas para que possam experimentar e fazer a melhor escolha quando chegar o momento”, explicou Vivian.
A engenheira Adriana Luz, mãe de um dos nossos alunos, destacou que a Engenharia oferece uma ampla área de atuação. “É um universo imenso e, no decorrer do curso, você vai ver o que mais gosta. Pode ser planejamento, execução, fiscalização, projeto, avaliação, orçamento…”, disse. Ela também ressaltou que vem testemunhando a conquista de espaço das mulheres na profissão. “Nossa sociedade ainda é muito machista, mas, em 25 anos de atuação, vi muita coisa mudar. Quando me formei, éramos apenas cinco mulheres numa turma de 35 pessoas. Quando comecei a trabalhar, apenas eu e a secretária éramos mulheres numa equipe de 50 pessoas. Hoje, já tenho mais mulheres engenheiras e arquitetas na minha equipe do que homens”, contou Adriana.
Os ex-alunos Joaquim Afonso de Siqueira e Roberta Boaventura, que cursam Engenharia Elétrica na USP, em São Paulo, falaram sobre características que são próprias da instituição em que estudam, como o fato de ter um ensino voltado muito mais para pesquisa do que para a prática. Roberta pontuou que, ainda assim, há oportunidades para todos. “Lá tem os grupos de extensão e, eu ressalto, se vocês entram numa faculdade com grupos de extensão, aproveitem, porque é a forma mais rápida e prática de ver a aplicação da teoria o quanto antes”, aconselhou.
Estudar no exterior – Os ex-alunos Luan e Moritz Busch participaram do encontro para falar de um tema bem interessante: estudar em outro país. Os dois concluíram o Ensino Médio no Anglo e, hoje, cursam faculdade na Alemanha. “Sair de Salvador é algo muito rico e que gera um grande amadurecimento, seja indo para São Paulo ou para o exterior, porque você acaba tendo que assumir muitas responsabilidades até com coisas do dia a dia mesmo”, disse Luan, que cursa Economia.
No exterior, a dinâmica das faculdades é diferente. No curso de Moritz, por exemplo, que une Engenharia Mecatrônica e Informática, não há vestibular para ingressar. “No primeiro semestre, tinha 600 pessoas na minha turma. As aulas eram num auditório. Por isso, as avaliações são mais difíceis. Na primeira prova de Matemática, 85% dos alunos não passaram, e isso é normal aqui”, relatou. Moritz também explicou que os dois primeiros semestres são tão difíceis que não entram na nota final do bacharel. “O objetivo é passar”, concluiu.
Foi um grande encontro cheio de saudades, emoção e conversa boa, do jeito que a gente gosta. Além dos nomes já citados anteriormente, agradecemos as presenças do pai Carlos Carrilho e dos ex-alunos Henrique Camargo, Gabriel Toledo, Felipe Ardito, Gustavo Oliveira, Thiago Luigi e Nathália Motta.
O Anglo deseja sucesso a todos os alunos em suas escolhas futuras, e, se precisarem de ajuda, podem contar com a gente.