Pais dos 6ºs anos recebem as boas-vindas e conversam com o NAP sobre autonomia dos filhos
As crianças estão crescendo! E agora? Acalma esse coraçãozinho de pai e de mãe que vai dar tudo certo. Os alunos do 6º ano estão chegando à adolescência e, como se as mudanças físicas e na forma de pensar não fossem suficientes, eles também deram o pontapé inicial num ciclo escolar bem diferente de tudo que conheciam. E o desafio não é apenas para os alunos, mas para todos que convivem com eles. Para acolher as famílias recém-chegadas ao Ensino Fundamental – Anos Finais e discutir sobre como apoiar os filhos nesse momento, o Núcleo de Atuação Psicopedagógica do Anglo (NAP) reuniu os pais para um bate-papo virtual na segunda, 8.
O encontro foi aberto pela coordenadora do NAP e uma de nossas diretoras, Francisca Salomão. Ela lembrou que esse momento de passagem é importante tanto para os filhos quanto para os pais. “Vemos nossos filhos caminhando por um processo de independência tão necessário para a formação do sujeito. Eu costumo dizer que todos nós, educadores, pais, professores, exercemos o papel de artesãos na construção dessa autonomia tão necessária para as crianças. Temos que nos policiar para não mimarmos muito nossos filhos, mas temos, também, que proporcionar a eles um voo seguro. E gente consegue isso com muito amor”, ressaltou.
Também participaram do encontro as tutoras das turmas dos 6ºs anos, Carol Freitas e Lara Portela, os professores assistentes, Girlene Santos e Wesley Rodrigues, e a psicóloga do NAP, Bianca Becker. “A gente toma muitos sustos quando percebemos que o tempo está passando de forma muito acelerada. Eu me lembro o choque que tive quando minha primeira filha entrou no 6º ano. ‘Meu Deus, segura o tempo’. Nossa relação de pais e mães com o tempo, a depender de como a gente leva ela, é o maior empecilho para a autonomia dos nossos filhos, porque ver nossos filhos crescerem dói. É uma dor de despedida do que já não é”, pontuou Bianca.
Bianca pontuou ainda que, ao chegar à adolescência, o jovem se torna cada vez menos dependente dos pais e tem a necessidade de caminhar só, e os pais e a escola devem ir soltando aos pouquinhos. “A gente começa a estranhar esse novo ser que passa a habitar nossa vida. Eles se tornam altamente questionadores, cada vez mais eles procuram seus pares para tirar dúvidas, para trocar ideias, para confessar segredos. A gente vai assistindo eles se afastando aos pouquinhos. Esse afastamento afetivo não significa que nossos filhos deixaram de amar a gente, só significa que estão buscando outras formas de demonstrar porque estão num momento muito crucial de construção da própria identidade”, afirmou.
Para apoiar as crianças tanto no desenvolvimento social quanto no acadêmico, aqui no Anglo, as crianças são acompanhadas de perto por uma equipe de psicólogas e psicopedagogas que tem um contato muito próximo com os professores, para observar e orientar os alunos individualmente. “Por isso temos poucos alunos em sala de aula, justamente para que possamos ter um olhar bem personalizado sobre o processo de aprendizagem de cada um. Quero reafirmar aqui para vocês nossa parceria neste momento, que é de muitos desafios, e dizer que estamos aqui para ajudar nessa trajetória”, concluiu a psicóloga.