Ex-aluna Emily Ceron compartilha suas experiências na África com alunos de Inglês do 7º ano
Viagens são oportunidades de conhecer outras realidades, outros costumes e ampliar a visão que temos do mundo e de nós mesmos. Os alunos de Inglês do 7º ano da professora Simone Galvão estão estudando o tema “Explorando o mundo” e, para ouvir as experiências de uma viajante, a turma recebeu a ex-aluna Emily Ceron. Entre a infância e a vida adulta, Emily morou em diferentes países da África.
Em 1997, Emily passou algum tempo em Angola, acompanhando a mãe, que é médica infectologista, mas era muito jovem e não lembra as experiências que vivenciou lá. No 6º ano, quando já estudava no Anglo, ela deixou o Brasil para viver em Uganda, também com a mãe. “Eu tinha 10 anos e encontrei um cenário totalmente diferente de Salvador. A vila em que eu vivia era muito rural e eu era a única pessoa branca de lá. Foi uma experiência forte e um pouco negativa porque as pessoas apontavam para mim, falavam coisas, e eu sofria porque era muito tímida e não gostava dessa atenção. Foi um ano difícil e eu só queria voltar para o Brasil”, disse.
Em 2012, Emily concluiu o Ensino Médio aqui no Anglo e foi cursar Medicina na Itália. Durante a faculdade, ele foi mais uma vez à África atuar num projeto junto a crianças órfãs numa região da Etiópia. “Foi um desafio. As crianças haviam sido abandonadas, ou os pais estavam mortos ou não podiam cuidar dos filhos porque eram muito pobres”, explicou.
Ao terminar a graduação em 2019, Emily viajou para outra região da Etiópia para trabalhar num hospital. “Eu aprendi muito lá e, do ponto de vista profissional, foi impressionante ver como as crianças eram diferentes. Mesmo doentes, elas não choram. Elas simplesmente toleram a dor”, pontuou.
Emily mostrou fotos e vídeos que fez durante o tempo que viveu na África e respondeu perguntas dos alunos. Bernardo Pio quis saber se ela fez muitos amigos no continente africano. “Em Uganda, quando era criança, tive muita dificuldade porque era tímida, mas fiz alguns amigos”, contou Emily.
Mariana Cardoso perguntou se ela voltaria ao continente. “Definitivamente, sim! A África é um lugar que te ensina muito. Uma das coisas que aprendi foi o Inglês, que eu não sabia falar muito bem quando cheguei lá. Também aprendi a dar valor às coisas. Quando eu estava no Brasil, eu queria um tênis da Nike porque todo mundo tinha. Na África, percebi que o tênis da Nike não é importante porque algumas pessoas nem tem sapatos. Quando concluir minha especialização, quero voltar porque sei que há muito o que fazer pelas pessoas de lá”, ressaltou.
Obrigado pelo bate-papo, Emily! Muito bom ter notícias suas e ver que você tem trilhado um caminho de sucesso.
