Alunos do 1º e 2º EM conversam sobre cigarro eletrônico e tabaco em encontro com pneumologista
As turmas do 1º e 2º ano do Ensino Médio participaram de um encontro, promovido pelo Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP), com a pneumologista Fabiana Lima para conversar sobre os agentes que podem causar lesões pulmonares. Durante o bate-papo, importante nessa fase de descobertas dos adolescentes, os alunos tiraram suas dúvidas sobre as consequências a curto, médio e longo prazo do uso de tabaco, cigarro eletrônico e outras substâncias.
Fabiana deu início ao bate-papo explicando o funcionamento do pulmão e de todo o nosso sistema respiratório. Ela contou que, diariamente, respiramos de 10 a 20 mil litros de ar. “Esse ar não é limpo. Tem vírus, bactérias… Para nos proteger de agentes potencialmente perigosos, temos várias estruturas que atuam como um mecanismo de defesa. É o caso dos pelinhos do nariz, do muco nasal e da saliva, por exemplo”, disse.
Em seguida, a pneumologista falou sobre a história e a disseminação do tabaco, um dos agentes mais perigosos para o pulmão. Seu consumo foi estimulado, mesmo o tabaco sendo comprovadamente responsável por doenças e disfunções como trombose, aborto, envelhecimento precoce, câncer, cegueira e impotência sexual.
Quando a conscientização quanto aos perigos do tabaco começou a se expandir, a indústria tabagista adotou o cigarro eletrônico como uma alternativa. “Em 2009, a Anvisa proibiu a comercialização do cigarro eletrônico no Brasil e a principal razão foi a falta de conhecimento dos impactos que ele pode ter na saúde a longo prazo. Em 2019, é descrita pela primeira vez a Evali, uma doença pulmonar relacionado ao uso do cigarro eletrônico”, pontuou a pneumologista.
No encontro, Fabiana falou também sobre a diferença entre o tabaco e o cigarro eletrônico e as substâncias presentes em cada um deles, além de abordar as lesões pulmonares causadas pelo cigarro de palha, pela maconha e pela cocaína.
Fabiana destacou que há riscos envolvidos no uso de todas essas substâncias, independente da periodicidade com que é utilizada. “As consequências estão relacionadas ao volume de uso da substância, ao tempo e a uma questão individual que não é possível definir antes da lesão acontecer. Existem pessoas que fumam muito e não têm lesão; e há aqueles que fumam pouco e têm lesões absurdas. Às vezes, a pessoa para de fumar e desenvolve câncer muitos anos depois. É uma questão individual”, alertou.
Conhecimento é a melhor forma de fazer boas escolhas, não é mesmo?! Lícitas ou não, essas substâncias circulam na sociedade e é preciso estar alerta para agir de maneira consciente.