Grêmio Estudantil promove fórum para debater ações antirracistas com a comunidade escolar

Atitudes racistas estão por toda parte. Por isso, a discussão e a implementação de ações antirracistas devem ser amplamente difundidas em todos os ambientes. Para debater o preconceito praticado na escola e/ou vivenciados por nossa equipe, o Grêmio Estudantil do Anglo-Brasileiro (GEAB) promoveu o fórum Falas Negras. Professores e funcionários negros foram convidados para relatar experiências em que foram vítimas ou testemunhas a todos os alunos do 6º EFAF ao 2º EM, bem como professores e demais integrantes da equipe. O objetivo é que, a partir dessa primeira atividade, o Grêmio, junto com a comunidade, planeje ações formativas contra o racismo que serão aplicadas no Colégio.

Mediado pela aluna Clara Tripodi, uma das presidentes do Grêmio, o debate contou com os relatos do professor Deivid Borges, da professora assistente Maria Inês, e das funcionárias Bete Oliveira e Raissa Oliveira. “Brancos nunca sofrerão racismo. Não existe racismo reverso porque brancos não foram torturados durante séculos. Devemos entender isso, e essa é a importância do fórum de hoje. Estamos num espaço de elite e, quanto mais elitizado o espaço, menos pessoas negras a gente encontra. Ouvir o outro, ouvir experiências que a maioria aqui nunca vai vivenciar, é essencial para construirmos nosso caráter e entendermos melhor o nosso país”, disse Clara ao abrir o evento.

Em seu relato, Bete falou sobre momentos que viveu num shopping de Salvador e na escola: “Fui numa loja comprar um vestido e uma das funcionárias me ignorou, não quis me atender. Cheguei em casa triste e contei para uma das minhas irmãs, que voltou à loja e descobriu que a funcionária era a gerente da loja. Em outra ocasião, uma pessoa da comunidade escolar foi orientada a me procurar para resolver uma situação do dia a dia e ela respondeu ‘eu vou procurar aquela negra?!’”. Em ambos os casos, Bete contou que se sentiu triste e diminuída, mas ela sabe que o problema não está nela, e sim no preconceituoso. “É massa ser negro, é bonito! A gente precisa olhar o outro de forma diferente, como se fosse parte de nós, porque somos todos iguais”, afirmou.

Inês, que também dá aulas particulares, contou que conversou com a mãe de um dos seus possíveis alunos e o discurso das primeiras conversas, que aconteceram por telefone, mudou ao se conhecerem pessoalmente. “Fui indicada por uma amiga dela, conversamos e, ao chegar na casa dela, ela me olhou e disse ‘ah! É você a professora?!’. Comecei o trabalho e uma semana depois ela me dispensou. Ficou óbvio, pelo tom e pelo comportamento dela, que o motivo foi o preconceito pela minha cor”, declarou.

Raissa enfrenta o racismo desde criança e falou sobre suas experiências e seus medos. “Eu moro numa cidade onde eu sou a maioria e me vejo como minoria. Eu estudei em escola particular, mas era a única menina negra da sala. Meu pai era servente, ia para as reuniões e ninguém dava atenção, ele não era reconhecido como pai na escola. Minha mãe é branca e tinha que sair comigo com minha identidade porque não acreditavam que ela era minha mãe. E ver a violência que vem acontecendo, nos EUA e no Brasil, me dá muito medo de entrar em uma loja e não ser vista como cliente, mas, sim, como uma ameaça”, pontuou.

Antirracismo – Deivid lembrou que o Brasil tem 520 anos de história pós-colonização e foram quase 400 anos de escravidão, violando o direito de existência de pessoas negras. “De que maneira a gente pode olhar para isso e propor efetivas mudanças? Para pensar o antirracismo, a gente tem que pensar na raiz do problema, que é histórico-cultural e estrutural brasileira. É inegável que a gente vai chegar numa escola como o Anglo e visualizar muita gente branca e pouca gente negra, mesmo numa cidade como Salvador, a cidade mais negra fora da África”, disse.

O professor ainda afirmou que, para pensar o antirracismo, primeiro é preciso descolonizar o olhar, “tirar do olhar essa lupa de ver uma pessoa negra e encaixar ela numa posição. É olhar para alguém e achar automaticamente que ela não pode comprar naquela loja”, explicou. Na escola, cada aluno pode fazer sua parte também. “Perceber no seu colega e em você se há algum tipo de comportamento colonizador: observar se um colega faz um comentário sobre o cabelo de outro colega, sobre a cor, se evita fazer um trabalho com ele, e questionar. Não é preciso acusar ninguém, apenas perguntar. Peça para que a pessoa explique os motivos para agir daquela forma”, orientou.

O aluno João Marcus Moura, do 1º EM, agradeceu pela iniciativa. “Esse evento está sendo muito importante porque a gente precisa abrir espaço para discutir o racismo, precisa ser pensado e, principalmente, para olhar as coisas que estão acontecendo ao nosso lado. Aqui no Brasil, a gente só discute racismo quando a pauta é EUA. A gente precisa olhar para os casos que acontecem aqui todos os dias e observar como a mídia e as pessoas, nas pequenas falas, reproduzem esse racismo, que está institucionalizado”, argumentou.

E não para por aqui! O GEAB vai dar continuidade à discussão e logo, logo teremos novas ações que envolverão toda a comunidade escolar. “Com esse projeto, que será estendido para 2021, o Grêmio pensará em ações junto com a comunidade para que todos possam se apropriar da questão do preconceito e fazer com que juntos possamos colocar em prática essas ações de combate e conscientização sobre o racismo”, afirmou a coordenadora do GEAB, professora Eniara Figueredo.

Nosso muito obrigado a todos que organizaram e contribuíram para a realização do Falas Negras!

Pais e alunos se preparam para transição e conhecem novidades do 6º ano

As famílias e alunos que vão cursar o 6º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais aqui no Anglo em 2021 participaram de um encontro para saber mais sobre a transição e as novidades que os aguardam no próximo ciclo. Serão mais disciplinas, mais professores, mais responsabilidades, os horários de lanche e almoço serão diferentes, sem contar o envolvimento de todos em novos projetos e experiências enriquecedoras.

Foram dois dias de encontro. Para mostrar que não é preciso se preocupar com as mudanças, a coordenadora do EFAF e uma de nossas diretoras, Selene Dias, convidou a professora de Português, Lina Passos, para compartilhar um pouco da sua experiência com os alunos do 6º ano e contar como a angústia do início vai todinha embora ao longo do ano. Ela também falou sobre a importância de aprender a se organizar para dar conta de todas as disciplinas. “Ter uma organização de rotina é crucial para sua adaptação. Se vocês já chegarem em fevereiro entendendo que precisam se organizar, saber o que vai colocar na mochila, preparar os materiais, ver as tarefas, fazer um cronograma de estudos, isso ajuda muito na caminhada”, afirmou.

Lina abriu espaço para que os alunos compartilhassem suas expectativas com as famílias e os colegas. O aluno Pedro Corniali disse que está animado para o 6º ano, mas acha que vai ser difícil. Já Luana Gonçalves ficou preocupada no começo, mas agora está mais tranquila. “No começo do ano, achava que ia ser difícil, mas nos encontros que tivemos com NAP fui me acalmando aos poucos e vi que não precisa ter tanto medo, é só mais um ano”, afirmou.

Logo em seguida, ela leu trechos de textos escritos agora no finalzinho do ano por alunos que, assim como eles, estavam ansiosos pelo EFAF em 2019. “Uma pequena mudança pode vir a ser um grande caminho para enfrentar e, acredite, vai dar certo. Fiz novas amizades, mudar também é legal. […] vão existir dias mais difíceis, outros mais legais, dias em que a pilha de dever ocupa o quarto todo, outros que tudo que você faz é falar com seus amigos. Simplesmente viva e aproveite cada segundo”, dizia um dos textos.

No segundo dia, as famílias conheceram melhor a proposta de ensino de Inglês, com a coordenadora do Departamento, professora Simone Galvão, e as professoras Pierine Oliveira e Larissa Souza. “O ensino de Inglês na escola tem um viés intercultural. A gente não pode falar de ensino de língua sem falar de ensino de cultura. Na sala de aula, são propostas atividades que vão permitir que vocês experimentem situações de comunicação. Os alunos não vão lá simplesmente para aprender a gramática ou uma lista de vocabulário. A gente aprende inglês para nos comunicarmos com falantes nativos e não nativos”, explicou Simone.

Teve ainda um bate-papo com a coordenadora do Departamento de Línguas Estrangeiras, Patricia Atahides. Ela abordou o ensino de Espanhol, Francês e Mandarim, que vai do 6º ano 9º ano. “Quando vocês chegam aos Anos Finais, têm a possibilidade de escolher entre Espanhol, Francês e Mandarim, avaliando com suas famílias qual língua é mais interessante para vocês. Essa escolha é importante porque não é possível trocar o idioma até o final do 9º ano”, pontuou.

Tudo é diferente, mas a mudança é para melhor! Bem-vindos ao EFAF, pessoal!

Consciência negra: Conheça grandes nomes da Bahia que fizeram a diferença na sociedade

Já dizia a professora e filósofa norte-americana Angela Davis: “Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”. Existem muitas formas de colaborar diariamente com a luta antirracista. Neste Dia da Consciência Negra, gostaríamos de destacar uma delas: a importância de conhecer e valorizar a trajetória de personalidades negras que têm ou tiveram um papel fundamental na nossa sociedade. Para dar o pontapé inicial, trouxemos uma pequena lista de grandes nomes, todos nascidos na Bahia. Confira:

Luiz Gama: o escritor e ativista baiano nasceu livre, mas foi vendido como escravo pelo seu pai português aos 10 anos, a fim de pagar dívidas. Escravizado, mudou-se para São Paulo onde fazia serviço doméstico. Aos 17 anos, aprendeu a ler, conquistou a alforria, passou a atuar como rábula (advogado sem diploma) e conseguiu libertar mais de quinhentas pessoas escravizadas, alegando que todo negro chegado ao Brasil após 1831 deveria ser livre, como dizia a Lei Feijó. Em 2018, foi declarado por lei como patrono da abolição da escravidão no Brasil, além de ter o nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria.

Um dos seus poemas mais famosos é “Quem sou eu?”, também conhecido como “Bodarrada”, palavra derivada de “bode”, que era uma gíria para “negro” e “mulato”. Confira um trecho:

“[…] Eu bem sei que sou qual grilo
De maçante e mau estilo;
E que os homens poderosos
Desta arenga receosos
Hão de chamar-me — tarelo,
Bode, negro, Mongibelo;
Porém eu que não me abalo,
Vou tangendo o meu badalo
Com repique impertinente,
Pondo a trote muita gente.
Se negro sou, ou sou bode
Pouco importa. O que isto pode?
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muito vasta.
Há cinzentos, há rajados,
Baios, pampas e malhados,
Bodes negros, bodes brancos,
E, sejamos todos francos,
Uns plebeus, e outros nobres,
Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes
Aqui, nesta boa terra
Marram todos, tudo berra […]”

 

Ilustração: Thiago Krening

Luiza Mahin: Alguns estudiosos dizem que ela era africana, pertencente à etnia jeje, e teria sido trazida ao Brasil como negra escravizada. Outros se referem a ela como sendo natural da Bahia e tendo nascido livre por volta de 1812. Mãe de Luiz Gama, Luiza teve papel importante nas principais revoltas e levantes da Bahia do século XIX, como a Revolta dos Malês, ocorrida em 1835. Luiza conseguiu escapar da violenta repressão e partiu para o Rio de Janeiro, onde continuou sua luta em outras rebeliões e, como consequência, foi presa e deportada para a África.

 

Maria Felipa: nascida na ilha de Itaparica, Maria Felipa foi uma das grandes forças baianas na luta pela Independência da Bahia. Muito corajosa e praticante da capoeira, Maria Felipa foi enfermeira e informante durante as batalhas. Em uma das passagens mais famosas de sua vida, ela e um grupo de 40 mulheres deram uma surra de cansanção em soldados portugueses e atearam fogo em 42 embarcações que estavam prestes a atacar Salvador.

 

Milton Santos: Conhecido mundialmente como um dos maiores geógrafos brasileiros, Milton desenvolveu novas compreensões de conceitos como espaço geográfico, lugar, paisagem e região. Em 1994, conquistou o Prêmio Vautrin Lud, o Nobel de Geografia, sendo o único latino-americano a conquistar essa premiação. Tinha um posicionamento crítico à globalização e ao sistema capitalista.

 

Mestre Bimba: Foi o criador da Luta Regional Baiana, que anos mais tarde ficou conhecida como capoeira regional. Graças a ele, a capoeira deixou de ser associada à marginalidade, dando-a um reconhecimento social e cultural. A capoeira regional reúne valores e características tradicionais da antiga capoeira e passos do batuque, uma luta já extinta que Bimba aprendeu com o pai. Ele ainda acrescentou movimentos autorais à luta.

 

Teodoro Sampaio: baiano e filho de uma negra escravizada, Teodoro Sampaio foi engenheiro, geógrafo, escritor, historiador e um dos maiores pensadores brasileiros do seu tempo. Sua bibliografia inclui importantes contribuições sobre os bandeirantes e a formação do território, sobre os rios brasileiros, sobre as pinturas rupestres, os saberes indígenas, além de outros temas históricos e geográficos do Brasil.

 

Mãe Menininha do Gantois: escolhida aos 28 anos para ser Ialorixá (líder feminina) do terreiro do Gantois, em Salvador, Mãe Menininha se destacou ao dar visibilidade ao Candomblé e torná-lo conhecido entre intelectuais e políticos num período em que as celebrações do Candomblé e da Umbanda estavam proibidas. Com sua sabedoria, foi responsável por abrir as portas do Terreiro do Gantois aos brancos e católicos, garantindo mais respeito à religião.

Projeto Social: GEAB se solidariza e colabora Casa da Luz através de campanha divulgada pelo 5º ano

Todos os anos, através do Projeto Social, nossos alunos se engajam no planejamento de ações e campanhas que possibilitam conhecer outras realidades, trocar experiências e compartilhar aprendizagens. A Creche Casa da Luz é uma das nossas parceiras nessa caminhada. A pandemia do novo coronavírus nos fez repensar estratégias e buscar outras formas de manter essa parceria tão importante para todos nós. A turma do 5º ano e o Grêmio Estudantil foram protagonistas de um lindo gesto.

Os alunos do 5º ano não puderam estar pertinho das crianças da creche Casa da Luz, como acontece todos os anos, mas, assim que ficaram sabendo que a instituição estava arrecadando cestas básicas, decidiram compartilhar e envolver toda a comunidade escolar nessa campanha através das redes sociais do Colégio. Percebendo a importância da campanha, o Grêmio viu que podia ajudar e doou o valor de R$ 500. “A professora Eniara, que é coordenadora do Grêmio, trouxe a proposta para o grupo e todos reagiram bem e concordaram em ajudar. Eu me sinto muito bem em poder colaborar, feliz e aliviada por saber que as famílias estarão um pouco melhor com essa doação”, disse a representante de turma Marina Santos.

O dinheiro pertencia ao caixa do Grêmio, e foi arrecadado junto à comunidade escolar nas atividades que o grupo organiza, como o Halloween. “A gente soube que os alunos do 5º ano ficaram um pouco tristes porque não estavam conseguindo realizar as mesmas ações de antes, mas é importante que estejamos juntos virtualmente e buscando novas formas de ajudar, criando essa ponte entre a creche e o resto do mundo, para que cada vez mais pessoas possam participar”, explicou a aluna Clara Tripodi, uma das presidentes do Grêmio.

O Grêmio também se colocou à disposição para apoiar o 5º ano na divulgação dessas e de outras ações do Projeto Social. “Não é porque a gente está distante que a gente não pode ajudar. O Grêmio abraçou esse projeto e, junto com o 5º ano, vamos ampliar essa rede de solidariedade”, afirmou a coordenadora do Grêmio, professora Eniara.

A campanha continua e todos podem ajudar! Para doar, entre em contato com a creche através do WhatsApp (71) 9 8770-5297, pelo e-mail instituicaocasadaluz@hotmail.com ou pelas redes sociais da @instituicaocasadaluzimpm. Também é possível fazer doações diretamente na conta bancária da creche:

Banco Bradesco – 237
Ag. 1173
Cc: 10.686-0
Instituto Manoel Philomeno de Miranda
CNPJ: 00.301.319/0001-57

5º ano recebe pai de aluna para bate-papo sobre a lua e as marés

Já notou que o mar, em alguns momentos, parece estar mais “cheio” de água que em outros?! Isso acontece por causa das marés, que são alterações no nível das águas provocadas pela influência da lua e do sol. Por estar mais perto do nosso planeta, a lua tem uma influência maior. O 5º ano está estudando sobre a Terra e o Universo e, entre os assuntos, está a lua e suas fases. Para ver como esse satélite natural interfere na vida na Terra, a turma participou de um bate-papo com o surfista Sílvio Gonçalves Junior, pai da aluna Luana. Ele observa a influência da lua sobre as marés para escolher os melhores dias e horários para a prática do esporte.

Surfando há 34 anos, Sílvio sabe bem que conhecer sobre as marés ajuda o esportista a pegar as melhores ondas. “No decorrer desses anos, fui aprendendo um pouco a relação entre o mar, a maré e a lua. A lua tem suas fases: nova, crescente, cheia e minguante. Quando ela está nova ou cheia, a maré sobe muito e seca muito. Para quem surfa, o melhor horário é quando ela está toda seca e começa a encher porque é a hora que o mar está ganhando força para empurrar a água, formando ondas”, explicou.

Já na minguante e no início da fase crescente, o mar não está para ondas. “É um período que a gente chama de ‘maré morta’ porque a variação do nível é muito pequena, é quase imperceptível pra gente”, contou Sílvio. Curiosas, as crianças perguntaram sobre a força gravitacional, se é melhor surfar durante o dia ou à noite, e já começaram até a planejar sair para surfar com Luana e seu pai. Foi um bate-papo maravilhoso!

Sílvio deixou uma tarefa para os alunos e uma dica de segurança: “Da próxima vez que vocês forem à praia, a primeira coisa que vocês vão fazer é olhar a direção que a água está vindo. A água vem do mar em direção à terra, ela bate na areia e retorna, formando um canal que a gente chama de ‘canal de retorno’, e é uma área perigosa. Não é só saber nadar, você tem que conhecer o mar e ter paciência”, pontuou.

Orientação profissional: Último bate-papo do ano abordou carreira na Engenharia

O Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP) convocou o time da Engenharia, formado por ex-alunos e pais, para um bate-papo com o 2º EM no último encontro deste ano do Projeto de Orientação Profissional, coordenado pela psicopedagoga Luzia Bacciotti. Na atividade, realizada através da plataforma Zoom, os convidados falaram sobre suas experiências como estudantes e profissionais das mais diferentes áreas da Engenharia e tiraram dúvidas dos alunos sobre o curso e a carreira.

Como não pudemos ir ao Cimatec este ano, o Cimatec veio até nós. Vivian Manuela, coordenadora do curso de Engenharia de Produção do centro universitário, contou aos alunos um pouco sobre as aulas, a estrutura e as novidades. “Em 2020, passamos por uma grande mudança. Para atender a Indústria 4.0, além de outras necessidades do mercado, que busca profissionais criativos e com capacidade de liderança, mudamos as matrizes dos cursos de Engenharia. Nos dois primeiros anos, os alunos têm disciplinas básicas e, a partir do 5º semestre, eles escolhem entre três trilhas: a Empreendedora, a Pesquisadora e a de Técnico-Gestor. Desde o primeiro semestre, os alunos trabalham com desafios em cada uma das trilhas para que possam experimentar e fazer a melhor escolha quando chegar o momento”, explicou Vivian.

A engenheira Adriana Luz, mãe de um dos nossos alunos, destacou que a Engenharia oferece uma ampla área de atuação. “É um universo imenso e, no decorrer do curso, você vai ver o que mais gosta. Pode ser planejamento, execução, fiscalização, projeto, avaliação, orçamento…”, disse. Ela também ressaltou que vem testemunhando a conquista de espaço das mulheres na profissão. “Nossa sociedade ainda é muito machista, mas, em 25 anos de atuação, vi muita coisa mudar. Quando me formei, éramos apenas cinco mulheres numa turma de 35 pessoas. Quando comecei a trabalhar, apenas eu e a secretária éramos mulheres numa equipe de 50 pessoas. Hoje, já tenho mais mulheres engenheiras e arquitetas na minha equipe do que homens”, contou Adriana.

Os ex-alunos Joaquim Afonso de Siqueira e Roberta Boaventura, que cursam Engenharia Elétrica na USP, em São Paulo, falaram sobre características que são próprias da instituição em que estudam, como o fato de ter um ensino voltado muito mais para pesquisa do que para a prática. Roberta pontuou que, ainda assim, há oportunidades para todos. “Lá tem os grupos de extensão e, eu ressalto, se vocês entram numa faculdade com grupos de extensão, aproveitem, porque é a forma mais rápida e prática de ver a aplicação da teoria o quanto antes”, aconselhou.

Estudar no exterior – Os ex-alunos Luan e Moritz Busch participaram do encontro para falar de um tema bem interessante: estudar em outro país. Os dois concluíram o Ensino Médio no Anglo e, hoje, cursam faculdade na Alemanha. “Sair de Salvador é algo muito rico e que gera um grande amadurecimento, seja indo para São Paulo ou para o exterior, porque você acaba tendo que assumir muitas responsabilidades até com coisas do dia a dia mesmo”, disse Luan, que cursa Economia.

No exterior, a dinâmica das faculdades é diferente. No curso de Moritz, por exemplo, que une Engenharia Mecatrônica e Informática, não há vestibular para ingressar. “No primeiro semestre, tinha 600 pessoas na minha turma. As aulas eram num auditório. Por isso, as avaliações são mais difíceis. Na primeira prova de Matemática, 85% dos alunos não passaram, e isso é normal aqui”, relatou. Moritz também explicou que os dois primeiros semestres são tão difíceis que não entram na nota final do bacharel. “O objetivo é passar”, concluiu.

Foi um grande encontro cheio de saudades, emoção e conversa boa, do jeito que a gente gosta. Além dos nomes já citados anteriormente, agradecemos as presenças do pai Carlos Carrilho e dos ex-alunos Henrique Camargo, Gabriel Toledo, Felipe Ardito, Gustavo Oliveira, Thiago Luigi e Nathália Motta.

O Anglo deseja sucesso a todos os alunos em suas escolhas futuras, e, se precisarem de ajuda, podem contar com a gente.

Vem aí o EM! Pais e alunos do 9º ano conhecem novo ciclo em encontro com diretoria e professores

Um dos momentos mais aguardados pelos alunos do 9º ano é a transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio. Em 2021, um novo ciclo escolar se inicia na vida deles e a etapa traz uma série de mudanças, algumas desafiadoras. Para conhecer melhor o EM e saber um pouco do que os espera no ano que vem, os alunos e seus pais participaram de uma reunião com a diretoria, coordenadores e professores do ciclo.

No encontro, que foi realizado através da plataforma virtual Zoom, a diretoria reafirmou que o projeto político-pedagógico do Anglo se mantém o mesmo, voltado para o desenvolvimento pessoal e acadêmico. “Olhamos cada aluno como um indivíduo. É importante falar isso porque é comum que, no Ensino Médio, a formação do sujeito-indivíduo seja deixada de lado e passa-se a valorizar muito o conteúdo, pensando nos processos seletivos. Essa é uma forma de pensar ‘pequena’ porque a aprovação é extremamente importante, mas a vida do aluno não acaba aí. Os desafios maiores ainda virão. Como escola, o Anglo pensa não apenas na preparação para os vestibulares, mas, também, na preparação como cidadão”, pontuou Débora Guimarães, uma de nossas diretoras.

As famílias também conheceram algumas das características próprias do Ensino Médio no Anglo, como trabalhar o conteúdo planejado em dois anos e meio. “O conteúdo do EM é muito extenso e a gente sabe que isso é cruel. Comparando com outros países, vemos que muitos assuntos que aqui os alunos veem no EM, lá fora eles só verão na faculdade. Muitas escolas trabalham esse conteúdo em dois anos. A gente opta por trabalhar em dois anos e meio porque, considerando nosso marco teórico, que é o Ensinar para a Compreensão, percebemos que é impossível que os alunos se apropriem de tanto conhecimento em apenas dois anos”, afirmou Débora.

Os coordenadores falaram sobre alguns dos nossos principais projetos, como o Nós e o Estado, realizado pelas disciplinas de Geografia e Filosofia no 1º EM aos sábados letivos. “É um projeto interdisciplinar que os alunos adoram e ficam muito empolgados. A ideia é articular os conteúdos das disciplinas relacionados à organização do Estado, à relação do indivíduo com esse Estado e à percepção das relações do homem com o espaço geográfico. Dessa forma, temos um projeto prático, interativo, no qual os alunos desenvolvem várias vivências, olham para a lei, para propostas de organização de uma sociedade. A gente quer que nossos alunos se tornem ativos, reflexivos, engajados, preocupados com os direitos humanos”, disse a coordenadora do Departamento de Ciências Humanas, Ana Paula de Camargo. Uma das etapas do projeto é uma viagem a Brasília, onde os alunos aprofundam as discussões da sala de aula e ampliam o olhar com novas experiências.

Outro momento importante para o EM é o Projeto de Orientação Profissional, promovido pelo Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP) no 2º ano. Coordenado pela psicopedagoga Luzia Bacciotti, o projeto promove uma série de atividades, como bate-papos com pais e ex-alunos e visitas a instituições de Ensino Superior, para auxiliar na hora da escolha profissional. “O projeto visa mostrar aos estudantes a amplitude de possibilidades que existem no mundo do trabalho, ajudá-los a olhar para eles e afunilar essas opções. Alguns chegam com uma certeza absoluta do que querem fazer, outros chegam extremamente perdidos e isso é o mais normal possível”, contou Luzia. Uma das atividades é a viagem a São Paulo, onde os alunos conhecem faculdades e cursos.

Com a proximidade dos processos seletivos para as faculdades, os alunos também têm uma programação especial de simulados, para conhecer os estilos das principais provas, e a intensificação das aulas práticas de Redação. “No 3º EM, damos atenção às diferentes provas que eles vão enfrentar. O modelo de texto do ENEM é totalmente diferente da FUVEST e da Unicamp, por exemplo. No 2º ano, os alunos têm que produzir uma redação a cada 15 dias; no 3º, essa produção é semanal”, explicou a coordenadora do Departamento de Língua Portuguesa, Ananda Amaral.

Nos simulados, o Anglo é parceiro da Evolucional, uma plataforma de elaboração e correção de simulados. “É importante porque a prova do ENEM é corrigida pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), um sistema extremamente sofisticado que consegue saber se o aluno acertou no ‘chute’ ou se há coerência nas respostas, atribuindo pesos diferentes nas questões mesmo que dois alunos diferentes tenham os mesmos acertos”, explicou Débora. Após fazer as provas, os alunos e o Colégio recebem dados importantes que, além de permitir um comparativo com o desempenho de estudantes de todo o Brasil, também ajudam a planejar as próximas ações.

Prontos para o novo ciclo?! Vai com tudo, 9º ano, e conte conosco!

Professores são aprovados em Pós da USP e vão construir conhecimento sobre computação aplicada à educação

A inserção da tecnologia na educação, intensificada com a pandemia do Covid-19, é uma tendência que veio para ficar, e nossa equipe já está se preparando para a nova realidade! Os professores Danilo Ribeiro, coordenador de Computação; Ana Paula de Camargo, coordenadora de Ciências Humanas; e Roque Araújo foram aprovados na Especialização em Computação Aplicada à Educação, oferecida pela USP. A pós-graduação, que será realizada no formato EaD, começa em fevereiro de 2021.

“Estamos muito felizes por passar na etapa de seleção e ansiosos pelo início”, disse Danilo, que conheceu o curso através de um dos alunos da primeira turma e logo percebeu que era o que sempre quis fazer e nunca havia encontrado em Salvador. Ele contou para Ana Paula e para a Diretoria, que convidou o professor Roque para participar da seleção também. “Nós fomos convidados pela Direção para formar uma equipe de profissionais que trabalham para fomentar cada vez mais o uso de tecnologia por parte de toda a escola. Por isso, nós três faremos a Pós”, explicou Danilo.

A proposta do curso é possibilitar o contato direto com diferentes tecnologias da computação que têm o potencial de melhorar a qualidade das atividades relacionadas à educação. Os participantes conhecerão as técnicas, práticas e ferramentas mais avançadas na área da Computação que dão apoio aos processos de ensino e aprendizagem.

Ao longo das aulas e após o curso de especialização, todo o conhecimento construído será compartilhado com a equipe Anglo e colocado em prática em sala de aula. “A gente vai estar em contato constante com excelentes professores e acadêmicos da área, e isso vai abrir horizontes. Vamos conhecer tecnologias de ponta que podem ser aplicadas à educação e vamos atuar como multiplicadores dentro da escola, compartilhando conhecimento com toda a comunidade através de mini-cursos e treinamentos. Assim, a gente vai aprimorar a prática docente e fazer com que a tecnologia não seja apenas um plus, mas que esteja cada vez mais presente no dia a dia e faça parte da escola”, afirmou Danilo.

Parabéns, Ana, Danilo e Roque!

6º ano cria músicas e produz videoclipes com temas da Matemática

Escrever uma letra musical, trabalhar rimas, criar uma melodia, tocar instrumentos… essas foram algumas das tarefas das turmas do 6º ano na aula de Matemática. Isso mesmo! Matemática! Para deixar as aulas mais divertidas, dinâmicas e criativas, a professora Ana Cláudia Sokolonski desafiou os alunos a produzirem videoclipes usando tudo que aprenderam sobre frações e números decimais.

Apesar de serem estudadas separadamente, a matemática e a música são bastante ligadas. “A matemática é utilizada pelos estudiosos da música como uma forma de facilitar suas teorias a respeito da estruturação musical, além de comunicar novas maneiras de ouvir música. Da matemática, são usadas na música a teoria dos conjuntos, a álgebra abstrata e a teoria dos números”, pontuou a professora Ana Cláudia na proposta.

Os alunos toparam o desafio e provaram que, além de compreender os conteúdos da aula, também têm talento para traduzir as frações e os números decimais em ritmo de forró, samba, pagode, rock, sertanejo e axé. Algumas equipes fizeram paródias, outras criaram letra e melodia, compuseram em inglês e até fizeram improvisos, transformando em instrumentos musicais objetos que tinham em casa. “A gente criou uma melodia do zero porque nenhuma tinha a batida que a gente queria. Usamos estalos de dedos, improvisamos um chocalho com arroz dentro de uma garrafa pet, um dos pais fez o assobio porque ninguém da equipe sabia assobiar”, explicou a aluna Malu Braga.

Para os videoclipes, que foram editados pelos próprios alunos, as equipes usaram desenhos, animações, cantaram e criaram suas próprias coreografias. As famílias também se envolveram. Nos grupos mais tímidos, os pais cantaram junto, e também teve tio músico ajudando. “Fizemos um forró sobre números decimais. É uma paródia de Anunciação, de Alceu Valença. Meu tio sabe tocar sanfona, então, ele fez uma gravação da melodia um pouco mais acelerada para a nossa música ficar mais animada”, disse Catarina Munford.

Os resultados foram fantásticos! Todos os nossos artistas da Matemática conseguiram concluir o desafio e, agora, temos uma playlist diversificada, cheia de ritmo e repleta de aprendizagens que vão muito além dos números. Acesse nossas redes sociais e confira alguns trechos dos videoclipes.

Bahiana abre inscrições para processo seletivo 100% on-line

A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública está com inscrições abertas para o processo seletivo dos cursos de Medicina, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e Psicologia. Este ano, a seleção será 100% digital, através do Processo Seletivo Formativo On-line (PROSEF). O candidato também poderá usar a nota obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre 2014 a 2019.

Para o curso de Medicina, o processo seletivo será diferenciado, pois não há a possibilidade de utilizar as notas do ENEM. As datas de inscrição e das provas também são diferentes dos demais cursos.

MEDICINA
– 100% digital
– Inscrições até 25/11
– Primeira fase (objetiva): dia 04/12
– Segunda fase (discursiva e redação): dia 13/12
– Taxa de inscrição: R$ 340,00
– Inscrições pelo site acesso.bahiana.edu.br
Clique aqui e confira o edital

ENEM
– 100% digital
– Inscrições até 9/11
– Taxa de inscrição: R$ 20,00
– Inscrições pelo site acesso.bahiana.edu.br
Clique aqui e confira o edital

PROSEF On-line
– 100% digital
– Inscrições até 18/11
– Prova no dia 27/11
– Taxa de inscrição: R$ 40,00
– Inscrições pelo site acesso.bahiana.edu.br
Clique aqui e confira o edital