Como podemos fazer a diferença no mundo? Em aula de Inglês, ex-alunos contam experiência com voluntariado
Nas aulas de Inglês, os alunos do 3º ano do Ensino Médio refletiram sobre situações de extrema pobreza no Brasil e no mundo. Para conhecer mais sobre a dura realidade enfrentada por muitas pessoas e perceber o que cada um de nós pode fazer para amenizar o problema, as turmas, junto com a professora Simone Galvão e com o professor Richard Hartley, receberam os ex-alunos Gabriel Magalhães e Pedro Machado para um bate-papo. Gabriel e Pedro estiveram na Tanzânia, onde fizeram trabalho voluntário e ajudaram a população local.
Formandos da turma de 2014, Gabriel e Pedro tinham planos de realizar trabalho voluntário em um país da África. A ideia era ir para uma comunidade pequena, longe dos turistas. Através do site Worldpackers, que reúne possibilidades de voluntariado em todo o mundo, eles conheceram Bujora, uma vila da Tanzânia. No país, eles atuaram na Savvy Brain Academy, uma escola local. “Nós morávamos na casa do diretor da escola. Nossa rotina diária era ir para a escola, ajudar na limpeza, dar aulas de Inglês e Matemática para as crianças e brincar com elas. Voltávamos exaustos, mas era muito recompensador”, disse Gabriel.
A escola atende cerca de 50 crianças entre 2 e 8 anos. Depois dessa idade, as chances de continuar estudando diminuem bastante. Foi aí que os voluntários tiveram uma ideia para mudar essa realidade. “Quando deixam a escola, as crianças não têm muitas oportunidades e acabam indo para as ruas. Conversando com o diretor, decidimos fazer uma vaquinha para comprar livros e construir salas de aulas para abrir duas classes mais avançadas e as crianças poderem passar mais tempo estudando”, contou Pedro.
Em apenas 12 horas, eles conseguiram arrecadar dinheiro suficiente para comprar os livros. E a vaquinha continua. Quem quiser saber mais e contribuir, pode acessar o link abaixo:
Além de conhecer de perto as crianças de Bujora, os ex-alunos também puderam ver como é difícil o dia a dia dos moradores da vila. “Bujora não tem eletricidade, nem um sistema de distribuição de água. É comum nas casas que o banheiro seja do lado de fora, apenas um buraco no chão. Muitas das crianças comem apenas as duas refeições que são oferecidas na escola, que são mingau e arroz com feijão”, pontuou Pedro.
Mesmo em meio a tantas dificuldades, Pedro conta que a população está sempre feliz e disposta a aprender. Gabriel concorda com o amigo e indica para todos a experiência de ajudar voluntariamente. “É impressionante! Você acha que está ajudando, mas, na maior parte do tempo, são eles que ajudam você. Em Bujora, eles não têm quase nada, mas compartilham tudo”, concluiu Gabriel.
E você? Como você pode fazer a diferença no mundo? Vamos refletir e agir!
Obrigado, Gabriel e Pedro!
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