Em aula de História, 7º ano disputa partida de Pok-ta-pok, jogo de bola sem pés e mãos
Você sabe jogar pok-ta-pok? Não?! Então, está na hora de aprender! Os maias chamavam de pok-ta-pok; os astecas chamavam de ullamaliztli; os conquistadores espanhóis, de juego de pelota; e nossas turmas do 7º ano chamam de missão impossível. Os alunos conheceram o jogo nas aulas de História e aceitaram o desafio da professora Deiseane Fagundes para entrar em quadra e disputar uma partida.
O jogo desperta inúmeras curiosidades até os dias atuais entre pesquisadores de diversas áreas que analisam os artefatos, as regras e os rituais que envolviam esse grande evento esportivo e religioso entre as civilizações da América do Norte e da Mesoamérica. Nele, os jogadores precisavam passar a bola pelo aro que ficava a mais de 2 metros do chão. Parece simples, até a gente descobrir que não podia tocar a bola com mãos e pés. “Os jogadores devem usar os cotovelos, joelhos e quadris para conduzir a bola”, explicou a professora Deiseane.
Os nossos aros foram bambolês, e não ficaram assim tão altos. A bola também não era tão pesada quanto a utilizada no jogo original. Mesmo com essas pequenas facilidades, as equipes do 7º ano não conseguiram marcar pontos. E não foi por falta de esforço, porque os alunos capricharam nos lances e descobrimos alguns jovens talentos nas jogadas com os cotovelos.
Também não era fácil para as antigas civilizações. “No passado, as equipes podiam passar dias jogando até que alguém marcasse um ponto”, disse a professora. Ela contou que os jogos sempre terminavam com os sacrifícios dos integrantes do time vencedor. “Para eles, era um privilégio ser sacrificado aos deuses”, pontuou.
O jogo permanece na cultura dos povos da América do Norte, da Mesoamérica e do México com a realização da Copa Peninsular Pok-ta-Pok, um campeonato que recebe seleções de diversos países da América Central. Ah! E não tem mais sacrifícios humanos. Ufa!