Equipes do Anglo conquistam medalha de cristal na final da ONHB
Duas equipes representaram o Anglo na final da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) e conquistaram medalha de cristal: “O trem das 7”, das alunas Isabel Vieira, Larissa Veneza e Luiza Meireles, do 9º ano (orientadas pelo professor Pedro Uzêda), e “Mallzinho”, formada pelas alunas Alice Portugal, Giovanna Dias e Juliana Kolbe, do 3º ano EM (orientadas pela professora Carol Ledoux).
A última etapa foi realizada na Unicamp, em São Paulo, nos dias 24 e 25 de agosto. As alunas foram acompanhadas pelos orientadores e pela professora de Língua Portuguesa, Ailla Aquino, que também participou da orientação das equipes durante as fases on-line.
Além da competição, nossas alunas tiveram a oportunidade de visitar o Museu Exploratório de Ciências, enriquecendo ainda mais essa experiência incrível de aprendizado e descobertas.
Preparação – A ONHB começou em maio, com etapas on-line realizadas semanalmente. O calendário escolar foi pensado juntamente com o cronograma da ONHB para que as equipes pudessem se reunir aos sábados com a comissão de professores de História (Carolina Ledoux, Pedro Uzêda e a professora convidada Victória Fares) e Língua Portuguesa (Ailla Aquino, Gabriela De-Gino e Júlia Maia) para debater as questões e tarefas sem prejuízo de outras atividades escolares.
Além de contribuir com as discussões, esse grande time de professores – que também contou com a participação da coordenadora do EM e professora de História, Ana Paula de Camargo, e com a diretora Selene Dias – pensou nas maneiras mais adequadas de orientar os alunos. Uma das ações deste ano, por exemplo, foi a realização de aulas de argumentação, ministradas pela pró Ailla, para os alunos do Fundamental, estreantes da ONHB.
Aprendizagens – A professora Carol ressalta que, entre os inúmeros aprendizados, a ONHB é uma preparação para a vida, para o ENEM e para diversos vestibulares. “Contribui para a formação cidadã, já que faz o aluno pensar em temáticas atuais, desenvolve a escrita e a interpretação de texto, além de dar repertório e conhecimento específico para que os alunos estejam ainda melhor preparados para qualquer vestibular”, destaca.
Carol também pontua outras aprendizagens valiosas envolvidas na ONHB como o conhecimento sobre História, Geografia e Literatura brasileiras, Artes, a compreensão sobre como os eventos mundiais afetam o nosso país, melhora do vocabulário com a leitura de textos complexos, desenvolvimento de raciocínio lógico e fortalecimento de laços e amizades, resultantes do trabalho em equipe.
Tema da ONHB – O tema da edição deste ano foi “Cultura Material”, estimulando os participantes a olharem para sua própria história e a história do nosso povo. “A escolha desse tema pela Unicamp não é aleatória. Ela reflete uma necessidade urgente de reavaliarmos nossa relação com os objetos e o ambiente ao nosso redor. Em um mundo cada vez mais digital e globalizado, onde a virtualização das relações e das informações é crescente, a cultura material nos convida a uma reflexão sobre a tangibilidade e a permanência das coisas. Ao escolher seu tema central, a Unicamp demonstra um compromisso com uma educação que vai além do conhecimento teórico, promovendo uma compreensão profunda e crítica da realidade”, afirma a coordenadora do EM, Ana Paula.
Ana Paula pontua que o tema pode ser ampliado e analisado sob dois vieses interrelacionados. O primeiro está ligado aos desafios ambientais, como a crise climática e a necessidade de uma economia mais sustentável, que nos faz pensar sobre o ciclo de vida dos objetos que consumimos e produzimos, promovendo uma consciência ecológica e uma responsabilidade social.
O segundo viés está relacionado ao papel da cultura material na construção da identidade e memória de um povo, na luta contra a desigualdade social e na promoção da inclusão. “Objetos do cotidiano, artefatos históricos e bens culturais são testemunhas das diversas narrativas que compõem a história do Brasil. Eles nos ajudam a entender as dinâmicas de poder, resistência e transformação que moldaram nossa sociedade. A análise da cultura material permite que histórias marginalizadas ganhem visibilidade, promovendo uma visão mais inclusiva e diversa da nossa história”, explica.
Como exemplo, podemos citar as populações indígenas e sua estreita relação com a conservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Com seus territórios e modos de vida sob constante ameaça, os indígenas têm uma rica cultura material, essencial à preservação da sua identidade cultural. Valorizar e preservar esse patrimônio é proteger o equilíbrio ambiental. “A preservação dos objetos e artefatos não é apenas uma questão de memória histórica, mas também de justiça social e ambiental. A Unicamp oferece uma oportunidade de resgate e valorização da riqueza cultural do Brasil, promovendo uma educação que se enraíza na realidade concreta e palpável do nosso cotidiano”, conclui a coordenadora.
Parabéns, meninas! Vocês se dedicaram muito e são nossas campeãs!