Feira das Ciências 2021: Alunos apresentam ideias para um mundo melhor no presente e no futuro

E se a gente pudesse carregar nossos celulares através da energia solar? E se uma pulseira disparasse um alarme para nos lembrar de higienizar as mãos? Esses foram alguns dos projetos apresentados por nossos alunos do EFAF e EM na Feira das Ciências 2021. Além dessas ideias práticas, os alunos levantaram reflexões sobre problemas que sempre estiveram presentes na sociedade, mas que se agravaram com a pandemia, como a violência contra a mulher e os casos de ansiedade e depressão. Ao todo, foram 16 projetos, desenvolvidos por 67 alunos e 12 professores orientadores, em quatro modalidades: Jovens conferencistas científicos (Apresentação Oral), Experimentos Científicos, Vídeo e Ciência, e Criação de Jogos.

Um dos projetos do 7º ano foi o Inove Aquax higiene, um aparelho portátil que, liberando substâncias em forma de vapor, higieniza objetos, roupas e ambientes de forma rápida e eficiente. “Pensando nesse contexto de pandemia que estamos vivendo e lembrando que muitas doenças são evitadas a partir do cuidado com a higiene pessoal, propomos um novo jeito de ajudar as pessoas nesse momento”, disse a aluna Malu Braga, uma das idealizadoras do Inove Aquax.

Quem também está de olho no bem-estar de toda a sociedade no presente e no futuro é uma das equipes do 6º ano, que criou um jogo de tabuleiro para ensinar e conscientizar sobre o aquecimento global. Quem estava acompanhando a apresentação pode jogar e aprender mais se divertindo com os desafios da brincadeira. Um dos participantes foi o professor de Geografia Fábio Mutti que nem precisou pensar muito para responder que é verdadeira a afirmação “Quanto mais você usa o seu carro, mais você está contribuindo para o aquecimento global”. Praticante de ciclismo e incentivador do esporte, Fábio exclamou “Vamos pedalar, galera!”.

Em Economia viral, um dos trabalhos da modalidade Vídeo, alunos do 2º EM mostraram como foi o enfrentamento à pandemia no Chile, na Nova Zelândia, nos Estados Unidos e no Brasil e como cada um desses países teve sua economia afetada de forma diferente. “Eu gostaria de parabenizar o grupo e dizer que vocês não nos prepararam psicologicamente para o golpe que esse vídeo ia ser. O vídeo de vocês é uma crítica maravilhosa, não sei se rio ou choro”, disse a aluna e espectadora Luiza Palavizini.

A gente parabeniza e agradece a todos que construíram a Feira das Ciências 2021, seja compartilhando suas ideias para um mundo melhor, assistindo as apresentações ou estimulando o debate. Em breve, alguns desses trabalhos (quem sabe TODOS?!) poderão ser vistos novamente no Encontro de Jovens Cientistas, promovido pela OOTECA em parceria com o Instituto de Biologia da UFBA.

Alunos almoçarão no Colégio a partir do dia 16; Veja cuidados

A partir do dia 16 de agosto, nossos alunos, professores e funcionários voltarão a se encontrar no espaço físico do Colégio em tempo integral, entre as 7h e as 15h. Assim, o almoço será na escola novamente. No almoço, passaremos mais tempo sem máscara e fora da sala de aula. Por isso, devemos redobrar os cuidados e seguir direitinho as regras previstas no Protocolo de Segurança. Para detalhar essas regras e esclarecer dúvidas das famílias, o Anglo convidou o médico infectologista Antonio Carlos Bandeira para um encontro na manhã de sábado, 7 de agosto.

Dr. Bandeira ressaltou que o momento da refeição requer atenção extra porque a transmissão respiratória do vírus, através da fala, da tosse e de espirros, é a mais comum. “Até mesmo nas unidades de saúde houve muitos casos de transmissão na hora da refeição porque é um momento em que as pessoas relaxam em relação às medidas de proteção. A gente tira a máscara para comer, às vezes se aproxima de alguém que também está sem máscara para conversar, a distância tende a ser menor. Então, é um momento que requer medidas rígidas de segurança”, explicou.

No Anglo, os seguintes cuidados serão adotados no horário do almoço:

– Os horários de refeição serão espaçados e as áreas de alimentação serão delimitadas por sala de aula, evitando-se ao máximo o contato entre turmas distintas;

– No buffet, há barreiras de acrílico para separar os alimentos dos usuários. Também há barreiras de acrílico nas mesas, delimitando o espaço individual de cada aluno, professor ou funcionário;

– Os funcionários do refeitório respeitarão o distanciamento mínimo de 1 metro entre eles, usarão luvas, máscaras e face shield, além de continuar cumprindo com todos os protocolos de manipulação de alimentos;

– Todos os alunos, professores e funcionários deverão higienizar as mãos antes e depois das refeições. Para facilitar a tarefa, foram instaladas pias extras na área do refeitório;

– A retirada da máscara só é permitida enquanto o usuário estiver sentado e fazendo sua refeição. Nesse momento, a máscara deverá ficar guardada em um recipiente trazido pelo usuário, embrulhada em um guardanapo sobre a mesa ou pendurada nos ganchos colocados nas barreiras de acrílico;

– As bandejas e outros utensílios utilizados no almoço devem ser deixados na mesa. Se trouxer seu almoço de casa, você é responsável por retirar os utensílios da mesa ao terminar sua refeição;

– Lembramos que não será permitido o uso de geladeiras, microondas e tomadas. Quem trouxer o almoço de casa, deve optar por marmitas que mantenham a temperatura adequada da refeição.

Dr. Bandeira ainda destacou que, apesar dos casos de Covid-19 estarem em queda, é preciso continuar atento, ainda mais com a chegada da variante Delta ao Brasil. “Não podemos baixar a guarda, mesmo com o avanço da vacinação, e precisamos continuar seguindo o protocolo. As vacinas são eficazes contra todas as variantes, incluindo a Delta, mas essa variante tem uma alta taxa de transmissibilidade e vem causando problemas”, pontuou.

E atenção! Quem apresentar quaisquer sintomas relacionados ao novo coronavírus deve informar ao Colégio e permanecer em casa. O e-mail para comunicar sobre casos suspeitos ou confirmados é avap@anglobra.com.br.

Pedimos a todos que leiam o Protocolo de Segurança, disponível na Área de Pais e Alunos, e entrem em contato conosco quando houver qualquer dúvida. Vamos juntos vencer mais uma etapa desse grande desafio!

Como podemos fazer a diferença no mundo? Em aula de Inglês, ex-alunos contam experiência com voluntariado

Nas aulas de Inglês, os alunos do 3º ano do Ensino Médio refletiram sobre situações de extrema pobreza no Brasil e no mundo. Para conhecer mais sobre a dura realidade enfrentada por muitas pessoas e perceber o que cada um de nós pode fazer para amenizar o problema, as turmas, junto com a professora Simone Galvão e com o professor Richard Hartley, receberam os ex-alunos Gabriel Magalhães e Pedro Machado para um bate-papo. Gabriel e Pedro estiveram na Tanzânia, onde fizeram trabalho voluntário e ajudaram a população local.

Formandos da turma de 2014, Gabriel e Pedro tinham planos de realizar trabalho voluntário em um país da África. A ideia era ir para uma comunidade pequena, longe dos turistas. Através do site Worldpackers, que reúne possibilidades de voluntariado em todo o mundo, eles conheceram Bujora, uma vila da Tanzânia. No país, eles atuaram na Savvy Brain Academy, uma escola local. “Nós morávamos na casa do diretor da escola. Nossa rotina diária era ir para a escola, ajudar na limpeza, dar aulas de Inglês e Matemática para as crianças e brincar com elas. Voltávamos exaustos, mas era muito recompensador”, disse Gabriel.

A escola atende cerca de 50 crianças entre 2 e 8 anos. Depois dessa idade, as chances de continuar estudando diminuem bastante. Foi aí que os voluntários tiveram uma ideia para mudar essa realidade. “Quando deixam a escola, as crianças não têm muitas oportunidades e acabam indo para as ruas. Conversando com o diretor, decidimos fazer uma vaquinha para comprar livros e construir salas de aulas para abrir duas classes mais avançadas e as crianças poderem passar mais tempo estudando”, contou Pedro.

Em apenas 12 horas, eles conseguiram arrecadar dinheiro suficiente para comprar os livros. E a vaquinha continua. Quem quiser saber mais e contribuir, pode acessar o link abaixo:

VAKINHA ONLINE – BUJORA

Além de conhecer de perto as crianças de Bujora, os ex-alunos também puderam ver como é difícil o dia a dia dos moradores da vila. “Bujora não tem eletricidade, nem um sistema de distribuição de água. É comum nas casas que o banheiro seja do lado de fora, apenas um buraco no chão. Muitas das crianças comem apenas as duas refeições que são oferecidas na escola, que são mingau e arroz com feijão”, pontuou Pedro.

Mesmo em meio a tantas dificuldades, Pedro conta que a população está sempre feliz e disposta a aprender. Gabriel concorda com o amigo e indica para todos a experiência de ajudar voluntariamente. “É impressionante! Você acha que está ajudando, mas, na maior parte do tempo, são eles que ajudam você. Em Bujora, eles não têm quase nada, mas compartilham tudo”, concluiu Gabriel.

E você? Como você pode fazer a diferença no mundo? Vamos refletir e agir!

Obrigado, Gabriel e Pedro!

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Logomarca escolhida para o Grêmio é criação da aluna Kamilla Pereira, do 2º EM

A aluna Kamilla Pereira, do 2º ano do Ensino Médio, é a criadora da logomarca do Grêmio Estudantil Anglo-Brasileiro (GEAB). A proposta da aluna foi a escolhida entre as diversas produções enviadas pelos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio.

A ideia do Grêmio era que os participantes usassem a criatividade para sugerir imagens que transmitissem uma visão clara do trabalho do GEAB, baseado na cooperação, no trabalho coletivo, na união dos alunos, escuta, troca e empatia.

Usando uma mesa digitalizadora e um computador, Kamilla transmitiu na imagem sua ideia do que é o Grêmio. “A primeira ideia, das mãos juntas, significa mais que tudo a união entre professores, alunos, e sobre como o Grêmio é essencial para isto. As cores, logo do Anglo e o próprio nome são para identificação, já que se trata do grêmio estudantil Colégio Anglo-Brasileiro. Por fim, temos a ‘energia’ passada de uma mão para a outra, que mais uma vez, reforça essa ideia de união”, explicou a aluna.

Apesar de nunca ter feito parte do Grêmio, Kamilla considera o grupo fundamental na rotina da comunidade escolar. “Através dele, a relação entre alunos e professores/diretoras se torna muito mais forte. Além disso, o GEAB dá lugar de fala aos alunos, algo muito importante para todos nós”, pontuou.
Todas as produções foram analisadas pelos integrantes do GEAB, pela professora de Artes Visuais, Nilzete Araújo e pela coordenadora do Grêmio, professora Eniara Figueredo. “Eu gostaria de agradecer e parabenizar todos os alunos que participaram enviando suas ideias para a logomarca”, destacou a professora Eniara.

Parabéns, Kamilla! Agora, queremos ver todo mundo seguindo a página do GEAB no Instagram: @gremio.anglobrasileiro.

Café e prosa desta segunda, 16, discute sofrimento dos adolescentes na pandemia

Na próxima segunda-feira, 16 de agosto, às 19h, será realizada mais uma edição do Café e Prosa. A palestrante convidada pelo Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP) é a psicóloga Luciene Figueiredo, Pós-doutoranda, Doutora e Mestre em Família na sociedade Contemporânea (UCSal/U.Porto), Especialista em Saúde mental, Docência do Ensino Superior e Gestão da Educação e integrante do Núcleo de Estudos sobre Direitos Humanos. O tema do encontro será “Sofrimento dos adolescentes na pandemia”.

Todos os alunos, famílias, professores e funcionários estão convidados para o bate-papo, que será realizado via Zoom. O link de acesso foi enviado por e-mail.

Feira das Ciências 2021 acontece no próximo sábado, 14, e será totalmente virtual

Como os nossos alunos pretendem mudar o mundo? Esta é a pergunta que será respondida no próximo sábado, 14 de agosto, na Feira das Ciências 2021! Este ano, o evento, que envolve todas as áreas do conhecimento, tem como tópico gerador “Pesquisar, aprender, compartilhar conhecimento… mudar o mundo juntos”. A Feira será totalmente online e opcional para as séries do 6º ao 9º ano e para o 2º EM.

CLIQUE AQUI E CONFIRA O CRONOGRAMA DE APRESENTAÇÕES COM OS HORÁRIOS DE CADA GRUPO

As apresentações acontecerão via Zoom, a partir das 8h30, e estarão abertas à visitação virtual das famílias. Cada equipe fará duas apresentações ao longo da manhã.

Ao longo do trabalho, que começou a ser desenvolvido em março, os alunos tiveram a oportunidade de vivenciar a prática científica, desde a identificação de um problema até a publicação de um trabalho que busque soluções para o problema identificado.

Ao todo, teremos 16 projetos, desenvolvidos por 67 alunos e 12 professores orientadores, em quatro modalidades: Jovens conferencistas científicos (Apresentação Oral), Experimentos Científicos, Vídeo e Ciência, e Criação de Jogos.

Estamos ansiosos para conhecer as ideias dos nossos alunos para um mundo melhor, e sabemos que toda a comunidade quer saber também. Esperamos todos vocês no sábado! Não percam!

Ex-alunos compartilham desafios do ensino superior com turmas do 2º EM

Tem alguém aí em dúvida sobre qual escolha profissional fazer? Ou está avaliando diferentes opções e precisa de ajuda de quem conhece bem cada área? Nosso supertime de ex-alunos é a solução! Todos os anos, ex-alunos são convidados para contar suas experiências sobre escolha da carreira e o ensino superior para as turmas do 2º ano do Ensino Médio dentro do Projeto de Orientação Profissional, promovido pelo Núcleo de Atuação Psicopedagógica (NAP). Desta vez, mais de dez jovens orgulhos do Anglo vieram dar esse help para os alunos, que andam pensando bastante no futuro.

Olha só quem participou do nosso bate-papo: André Lima, Antonio Alves, Felipe Ardito, Gabriel Magalhães, Joaquim Afonso de Siqueira, Liz Chaves, Lucas Leal, Luísa Nogueira, Maria Fernanda Reis, Roberta Andrade e Victoria Moura. Todos estudam em faculdades paulistas, exceto Maria Fernanda, que mora no Canadá, onde também vai fazer seu curso superior.

Acompanhada pela coordenadora do NAP e uma de nossas diretoras, Francisca Salomão, e pela psicopedagoga Luzia Bacciotti, a conversa foi mais uma oportunidade para as turmas do 2º EM de conhecer os caminhos trilhados pelos ex-alunos e fazer perguntas sobre o que mais as aflige hoje no que diz respeito ao futuro acadêmico e profissional.

O aluno João Marcus Moura quis saber como é morar longe dos cuidados e do suporte da família. Luísa Nogueira, que cursa Psicologia na PUC e divide um apartamento com duas amigas, contou que cuidar da casa, da limpeza e da comida é um grande desafio, mas o amadurecimento é muito grande. “É um pouco sofrido até você se adaptar, mas compensa” disse.

Luísa também conversou com a aluna Sofia Soares, que quis saber quais os diferenciais do curso de Psicologia da PUC que a levaram a estudar lá. “Eu escolhi a PUC porque a grade de disciplinas é muito completa. Psicologia é uma área muito ampla e poder ter contato com diferentes áreas na faculdade me faz sentir segura para escolher o que quero fazer”, explicou.

Luiza Costa estava curiosa para ouvir sobre a reação dos ex-alunos ao sair de uma escola como o Anglo, em que as turmas têm em média 25 alunos, e encarar as salas de aula das faculdades. Joaquim Afonso contou que, para ele, foi um choque muito grande. “Eu pegava aula num auditório com muita gente, e eram pessoas com backgrounds e idades diferentes. Tinha gente vindo de cursinho pré-vestibular, gente que estava há anos tentando ser aprovado. E a interação com os professores também é muito diferente do que estamos acostumados no Anglo. Na minha sala tem 200 pessoas e ninguém pergunta nada”, comentou.

Apesar desse choque inicial, a adaptação acontece. Para tranquilizar o 2º EM, Roberta destacou que, com o tempo, todos vão fazendo amizades, contatos, criando conexões e fica mais fácil a interação tanto com os colegas quanto com os professores.

Outro assunto que preocupa nossos alunos é se vão conseguir emprego e um salário justo ao final do curso. Quem levantou a questão foi Luíza Britto, e o ex-aluno André foi categórico: “Você precisa pesar dinheiro e oportunidades de trabalho, mas nessa balança tem que ter o que você gosta. Escolher uma profissão apenas pelo dinheiro é a receita para ter uma vida frustrada. Eu escolhi Biologia porque amo”, ressaltou.

Victoria Moura concordou. A voz do coração fez ela optar por Moda, mas a razão levou ela ao curso de Administração e, hoje, ela faz as duas faculdades ao mesmo tempo. “Sempre tive essa preocupação e, ao longo do curso de Moda, vi a necessidade de aprender coisas mais ‘sérias’ além da arte”. Aprender é sempre bom e os conhecimentos de duas áreas distintas podem se complementar e tornar Victoria uma profissional ainda mais completa e competente, não é mesmo?!

Obrigado pela participação, galera!

EFAI emociona famílias e levanta reflexões em Mostra de Estudos Culturais

No sábado, 24 de julho, os alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental – Anos Iniciais (EFAI) estrearam a Mostra de Estudos Culturais em formato virtual. E é claro que as crianças não decepcionaram! Com muita música, desenhos, jogos e animações, as turmas mostraram que inovação é com a gente mesmo e compartilharam muito conhecimento com as famílias.

Para conhecer e celebrar as próprias origens, a turma do 1º ano da professora Paula Bacelar, com a ajuda dos pais, procurou em casa objetos antigos especiais e cheios de significado para a família. Vimos álbuns de fotografia, relógios de bolso, joias, brinquedos, um bule e até um banco de madeira. Tudo isso vem sendo passado de geração em geração, unindo todos os familiares por ligações que vão além dos laços sanguíneos.

A turminha do 2º ano da tutora Ana Patrícia Bitencourt fez a leitura compartilhada do livro “Meu avô português” e, a partir dessa narrativa e de outras atividades feitas ao longo da unidade, aprendeu mais sobre a migração dos portugueses para o Brasil, o encontro deles com os povos que já viviam aqui e refletiu sobre esse choque de culturas e os conflitos que surgiram a partir de então. Para testar os conhecimentos das famílias, os alunos criaram jogos online usando a ferramenta Wordwall e convidaram pais para jogar ao final da apresentação.

A influência da cultura africana na formação do povo brasileiro foi o tema estudado pelos alunos do 3º ano da pró Tuca Berbert. Para compartilhar o que aprenderam, os alunos prepararam um infográfico com as descobertas e curiosidades que chamaram a atenção da turma. Com a ajuda do professor de Música Carmelito Neto, os alunos também gravaram um vídeo no qual cantam e tocam uma canção em ijexá, ritmo que surgiu na África e chegou ao Brasil com os negros escravizados.

No 4º e 5º ano, a Mostra de Estudos Culturais e o English Day são um único evento, numa abordagem interdisciplinar, orientados pelas tutoras e pela professora de Inglês Rebecca Wicks. Mesclando Inglês e Português, os alunos do 4º ano das professoras Queila Copque e Sheila Milheiro cantaram e falaram sobre a contribuição de imigrantes de outros países, como o Japão, a Itália e a Espanha, que chegaram ao Brasil em grandes grupos. Os alunos ainda produziram um site cheinho de informações, que continua disponível mesmo após a Mostra. Para acessar, as famílias podem buscar o link no GSA dos alunos.

O 5º ano da tutora Melina Endraos preparou um sarau virtual com reflexões sobre o preconceito contra os negros e os povos indígenas, que existe no Brasil desde a colonização portuguesa até os dias atuais. Um dos pontos da apresentação que vai fazer todo mundo agir diferente no dia a dia foi o uso de expressões e termos racistas que, muitas vezes, passam despercebidas. Uma delas é o “lápis cor de pele”, nome comumente dado aos lápis de cor rosa-salmão. Mas, pense com a gente, se há peles de várias cores, não existe um único lápis que seja cor de pele, e continuar chamando o rosa-salmão assim é perpetuar o racismo.

As apresentações foram emocionantes! Lívia Meinking, mãe da aluna Júlia, do 5º ano, elogiou a turma e confessou que ficou surpresa ao ver o talento dos alunos cantando e em outras manifestações artísticas. Ela também destacou a importância do tema. “Ninguém nasce odiando cor de pele. O racismo é um peso para os negros. Foram 300 anos de escravidão. Mas precisamos deixar isso no passado e seguir nossa vida fazendo diferente”, pontuou Lívia.

Puni Fraser e Débora Guimarães, duas de nossas diretoras, parabenizaram os alunos e toda a equipe de profissionais envolvidos na produção dos trabalhos. “Foi impressionante ver a riqueza dos trabalhos em todos os níveis, seja em reflexão, criatividade, o trabalho de pesquisa, os suportes tecnológicos. Vocês tocaram o coração e a mente de todas as pessoas que tiveram a sorte de acompanhar as apresentações”, disse Débora.

Parabéns crianças, professoras, famílias e toda a equipe! O Anglo agradece o empenho de vocês para fazer da nossa primeira Mostra de Estudos Culturais virtual um grande sucesso! Até o próximo ano.

“Me conta?”: Aluna do 3º EM funda projeto que visa democratizar acesso à saúde mental entre jovens

Facilitar e ampliar o acesso de estudantes do Ensino Médio a serviços de apoio emocional de forma totalmente gratuita e com qualidade! Essa é a proposta do “Me Conta?”, um projeto fundado pela aluna Clara Tripodi, do 3º ano do Ensino Médio, em parceria com a também estudante Valentina, que mora em Goiás. A plataforma on-line busca tornar o período escolar menos estressante e mais acolhedor, e surgiu em meio à pandemia, uma fase desafiadora, confusa e repleta de angústias para muita gente.

“O ‘Me Conta?’ surgiu no programa de férias da faculdade INSPER, em São Paulo, em uma competição nacional para propormos ‘soluções para o contexto educacional brasileiro pós COVID-19’. A motivação foi justamente a pandemia, quando houve um aumento de 10% na evasão escolar nas redes públicas de ensino, e aumento exponencial dos casos de ansiedade e depressão entre jovens. A princípio, o projeto seria apenas um protótipo criado para o concurso. Entretanto, durante o programa nos apaixonamos e nos apegamos completamente à ideia e decidimos colocá-la em prática”, disse Clara.

Funciona assim: jovens estudantes do Ensino Médio ou de cursinhos pré-vestibular que precisam de suporte para estabelecer uma rotina de estudos, apoio para fazer suas escolhas profissionais ou quer apenas ser ouvido e acolhido, podem agendar atendimento no site meconta.org. No site, o estudante também pode escolher qual profissional irá atendê-lo, entre os estudantes de Psicologia voluntários cadastrados na plataforma. “Assim que o agendamento é realizado, o aluno automaticamente recebe o link da sua sessão via Zoom, já que os nossos atendimentos são on-line. O estudante pode (e deve!), ao final, marcar outra sessão. Não há limite máximo de atendimentos por aluno. A depender do caso, ele pode ser orientado a buscar outro tipo de ajuda com a equipe de psiquiatras e nutricionistas que temos em stand-by ou em centros de saúde não-ligados ao ‘Me Conta?’.”, explicou Clara.

O serviço traz benefícios não apenas para os estudantes do Ensino Médio, mas, também, para os alunos de Psicologia que, devido à pandemia, viram suas oportunidades de estágio diminuírem. O trabalho é acompanhado de perto por profissionais sêniores de Psicologia, que supervisionam o atendimento. Todo o trabalho é voluntário. “Além da nossa maravilhosa equipe listada no site, temos também os mentores desses alunos, que garantem que estamos prestando um serviço de qualidade, nosso Conselho de Psicologia (composto de educadores, psicólogos, psicanalistas e psicopedagogos), e nossa equipe de programadores, de comunicação e jurídica”, listou Clara. Que time, hein!

Para conhecer mais a “Me Conta?”, acesse o site meconta.org, visite o perfil da organização no Instagram (@org.meconta) ou mande um e-mail para centralmeconta@gmail.com.

Democratizar o acesso à saúde mental é importante e necessário! Estamos tão felizes e orgulhosos da sua iniciativa, Clara! Desejamos sucesso e vida longa ao “Me Conta?”.

Aluna do Terceirão amplia conhecimentos em Olimpíada de Linguística e conquista 1º lugar na Bahia

Conhecimento nunca é demais! E nossos alunos estão sempre em busca de oportunidades além da sala de aula que agreguem experiências enriquecedoras às suas vidas. Um exemplo recente é da aluna Gabriela Cangussu, que cursa o 3º ano do Ensino Médio. Por iniciativa própria, Gabriela participou da Olimpíada Brasileira de Linguística (Obling) e foi um dos destaques da competição, sendo a campeã estadual.

Gabriela (no alto, à direita) e seus colegas de pesquisa na Obling

Realizada desde 2011, a Obling apresenta as diferentes perspectivas do conhecimento linguístico e a diversidade das línguas e culturas, instigando seus participantes a ampliar suas habilidades lógico-analíticas, sua intuição linguística, e sua visão sobre os povos, a partir de uma abordagem interdisciplinar. O evento é dividido em quatro etapas: on-line, em papel, Escola de Linguística e participação na olimpíada internacional. “As duas primeiras fases foram uma prova fechada e aberta, respectivamente. São muito legais! Basicamente consistem na apreensão de fenômenos de outras línguas (quase sempre línguas pouco conhecidas), a partir de uma pequena base de dados, que envolve MUITA lógica”, explicou Gabriela.

Após as duas primeiras etapas, os medalhistas de todo o Brasil são conhecidos. “Eu recebi uma medalha de prata e fui a campeã na Bahia”, comemorou a aluna. Todos os medalhistas de ouro e prata são convidados para a Escola Linguística de Outono (ELO), que é a terceira etapa da Obling. “Nessa fase, tivemos oficinas de outras línguas (romeno, tukano, libras, kimbundo), aulas de semântica, sintaxe e fonologia, escrevemos um artigo sobre alguma língua sem informação na Wikipedia brasileira (a minha foi canarês, ficou bem legal!), fizemos outra prova aberta, um projeto de pesquisa sob orientação de um professor universitário e, também, tivemos um debate final sobre temas linguísticos, como variação linguística na pandemia e semiótica”, listou Gabriela.

Parabéns pela iniciativa e pela experiência incrível, Gabi! Ah! E o artigo que ela escreveu sobre o canarês, uma língua indiana com mais de 58 milhões de falantes, está na Wikipedia. Para ler, clique aqui.

As inscrições para a próxima edição ainda não estão abertas, mas esperamos que mais pessoas se animem e queiram participar da Obling. O evento é direcionado a alunos do Ensino Médio de todo o Brasil e, também, qualquer adulto não-matriculado em uma instituição de ensino (Atenção, pais! A Obling também é para vocês!). Para saber sobre a Olimpíada Brasileira de Linguística, acesse o site obling.org.